quarta-feira, 20 de março de 2013

Os mistérios de Casimiro

ESCOLA SECUNDÁRIA DE LEAL DA CÂMARA
 
 



As lâmpadas de gelo
Casimiro é um rapaz que faz muitas perguntas, que duvida das coisas tal como elas nos são apresentadas, criando mistério em redor de tudo. Casimiro pergunta-se sobre os mais variados temas desde a família até à fisionomia do nosso corpo, passando pela razão pela qual recebeu o seu nome ou porque é que Camila não quer namorar com ele. Desta forma, este rapaz desafia e questiona as leis fundamentais da física e as convenções sociais que lhe vão sendo impostas à medida que cresce. Esta personagem dá conta de todas estas dúvidas existências, estando a sua forma de pensar repleta de criatividade e espírito crítico - características muito importantes no trabalho de um cientista. É por isso que esta obra - Os mistérios de Casimiro - é uma boa ponte entre a literatura e a ciência. E o que são a literatura e a ciência senão o pensamento e a imaginação em movimento?
Este projeto – Newton gostava de ler - em que se conjugam os livros com a ciência, parte da leitura de excertos de uma obra e culmina na realização de uma experiência de base científica. Desta vez, através do Casimiro e da sua dissertação acerca de uma avaria de um candeeiro, partiu-se para uma experiência relacionada com os fenómenos óticos. A atividade consistia na elaboração de um candeeiro de gelo. Que coisa tão estranha, um candeeiro de gelo?! Pois bem, é possível e ficou comprovado que o era através da experimentação e dos sentidos. Este candeeiro baseia o seu efeito luminoso em vários fenómenos óticos que ocorrem quando a luz atravessa sucessivas camadas de gelo e ar – refrações e reflexões ocorrem no interior de um globo de gelo que, conforme a cor do led nele introduzido, erradia luz colorida em seu redor de uma forma especial! Como bons cientistas, demonstraram-se também, em separado, as várias alterações que um feixe de luz sofre quando as ondas mudam de meio de propagação e, consequentemente, de velocidade de propagação - justificações para os efeitos óticos, como por exemplo, uma palhinha dentro de um copo que parece estar partida na linha de separação entre a atmosfera e a água do copo.
Casimiro, no final do livro, após tantas questões acerca deste mundo e do Universo, acaba por colocar a hipótese de que, já que não se percebe nada, talvez o único mistério seja não haver mistério nenhum. A ciência tem vindo, e continua ainda, a explicar e desvendar alguns mistérios da natureza que têm intrigado a Humanidade ao longo dos tempos. Talvez não encontre resposta para todos os mistérios sozinha e por si própria apenas, mas para a completar temos a literatura, pois, afinal, Newton também gostava de ler!
Rodrigo Garcia - 12º C1




 

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